sexta-feira, 11 de abril de 2014

Obesidade infantil



Pesquisas recentes revelam que em cada três crianças uma representa excesso de peso. A obesidade infantil é um grave problema de Saúde Pública. Quando é identificada a motivação da criança e da família na implementação de mudanças no comportamento alimentar deve ser reforçada. A obesidade é uma patologia passível de prevenção embora seja difícil identificar as crianças em risco de se tornarem obesas.

Existe uma proporção pequena de crianças que desenvolvem obesidade por problemas médicos mais palpáveis. Doenças endocrinológicas pouco comuns, como hipotireoidismo e hipercortisolismo. O uso de certas medicações por tempo prolongado, doenças cerebrais que afetem o controle da fome, doenças genéticas raras, como a Síndrome de Prader-Willi, entre tantos outros quadros.

Doenças cardiovasculares

Este fator está relacionado com comportamentos e estilos de vida menos saudáveis adquiridos durante a infância e a adolescência e que terão reflexos na vida adulta. A identificação e a instituição precoce de medidas preventivas, em idade pré-escolar, representam uma contribuição importante na prevenção das doenças cardiovasculares.


Reflexo da família

Os aspectos psico-sociais do ambiente familiar em que a criança se desenvolve desempenham papel fundamental no início e na manutenção do processo. Hábitos inadequados dos pais refletem no comportamento alimentar dos filhos. Alguns problemas familiares, como a separação do casal também levam a criança a buscar no alimento sua fonte de prazer, de satisfação das frustrações, de fuga de sua realidade ou de busca de seu espaço no mundo. Muito mais importante que se pensar em uma dieta  é preciso, na maioria dos casos, detectar e modificar estilos de vida, comportamentos, crenças, superstições, ideologias, etc.



Em artigo publicado pelo Prof. Dr. Carlos Alberto Nogueira de Almeida – Médico Nutrólogo e Diretor da ABRAN ele lista nove mentiras sobre a obesidade infantil

1 - Crescer emagrece: se fosse verdade, ao final da adolescência todas as crianças obesas teriam crescido e emagrecido. O perigo de uma criança ser obesa é tornar-se um adulto obeso: na verdade o perigo já está na própria infância, com aumento da pressão arterial  do colesterol e até com o aparecimento de diabetes.

2 - A culpa é da avó (ou da escola, da babá, etc) não é o caso de achar culpados, mas de definir responsabilidades e a verdade é que os pais são os principais responsáveis pelos seus filhos.

3 - Vitamina engorda: vitaminas, quando receitadas por médicos, são nutrientes ingeridos em tão pequena quantidade, que jamais engordariam alguém.

4 - Criança obesa é preguiçosa: na verdade, para a criança obesa, às vezes é muito difícil realizar certas atividades, como correr ou saltar, deixando a impressão de que são preguiçosas.

5 - Emagrecer é perder peso: emagrecer é perder gordura… às vezes a criança ganha peso porque cresceu ou porque está fazendo mais exercícios e aumentando sua massa muscular.

  
6 - Fruta não engorda: praticamente todos os alimentos engordam… tudo depende da quantidade que se come… frutas, por exemplo, apesar de serem ótimos alimentos, são ricas em açúcar e, se ingeridas em excesso, ajudam a engordar.

7 - Quem emagrece depois engorda novamente: uma criança come demais e não se exercita. Depois muda seu estilo de vida e emagrece, mas depois volta a ser sedentária e a comer em excesso. Com certeza vai engordar novamente.

8 - Crianças obesas são mais alegres: pergunte a elas…

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